Conhecendo as Características e a Alimentação dos Elefantes da Savana
Famoso por ser um animal de grande porte, o elefante é o maior animal mamífero terrestre.
Pertence à família Elephantidae, a qual abriga 3 espécies de elefantes, sendo 2 africanas e 1 asiática. A essa mesma família, pertenciam os extintos mamutes.
A família Elephantidae é a única família vivente da ordem Proboscideo.
As duas espécies de elefantes africanos correspondem ao elefante de savana (nome científico Loxodonta africana) e ao elefante de floresta (Loxodonta cyclotis).
O elefante-asiático (nome científico Elephas maximus) está presente no Sudeste da Ásia, particularmente na Índia e no Nepal. Enquanto que as duas espécies de elefantes africanos ocupam os países do Quênia, Tanzânia e Uganda.
Aspectos Gerais Sobre o Elefante
Os elefantes pesam em média de 4 a 6 toneladas, podendo chegar a marca de até 4 metros de comprimento.
Os elefantes-fêmeas, particularmente, concentram-se em manadas compostas por 10 a 15 membros de várias idades. A gravidez dura de 20 a 22 meses, e os filhotes já nascem bem robustos, com possibilidade de atingir incríveis 90 quilos.
Para os humanos, o elefante, em condições normais, não representa perigo. Porém, durante o período de acasalamento, as altas taxas de testosterona contribuem para que este animal fique extremamente agressivo. Inclusive, há muitos relatos de mortes humanas causadas pelo ataque de elefantes, durante o período de alta hormonal.
Características Anatômicas Específicas
A tromba
As trombas são formadas pela fusão do nariz com o lábio superior, e também recebem a terminologia de probóscide.
Probóscide significa apêndice alongado na cabeça. Nos elefantes, esse apêndice/ tromba apresenta um revestimento interno formado por músculos do aparelho nasal.
Alguns zoólogos defendem a idéia de que a tromba do elefante possua quase 40 mil músculos. Isso pode ser justificado devido à grande mobilidade do órgão, associado à versatilidade em relação aos movimentos.
As funções da tromba do elefante são inúmeras. Através dela, o animal pode pegar desde objetos pequenos até objetos grandes. A musculatura do órgão também confere força suficiente para arrancar ramos de árvores, por exemplo.
![Casal de Elefantes se Acariciando Com as Trombas](https://35.196.158.152/wp-content/uploads/2018/09/Casal-de-Elefantes-se-Acariciando-Com-as-Trombas.jpg)
No momento de beber água, a tromba é utilizada também. Os elefantes conseguem sugar até 14 litros de água através dela, de uma única vez. Além de ingerirem esta água, direcionando a tromba para o interior da boca, eles também despejam-na sobre o corpo durante o banho. Ao formar a camada de água, os elefantes acrescentam terra e lama, de modo a criarem um mecanismo natural de proteção solar.
Ao submergirem nos rios, a tromba também atua como tubo de respiração. Em ambientes terrestres, a tromba apura ainda mais as sensações olfativas. Ao movê-la de um lado para o outro, o elefante consegue localizar com facilidade os membros da sua manada, potenciais inimigos e fontes de comida.
Durante as interações sociais e afetivas, a tromba também é muito utilizada. Frequentemente esse uso é representado nos documentários, quando a mamãe elefante acaricia o seu filhote. Em sinal de cumprimento, elefantes enrolam as suas trombas. Tromba levantada pode revelar que o animal se sente ameaçado de alguma maneira. Já uma tromba caída representa submissão.
Durantes as brigas de elefantes, as trombas são utilizadas para desferir golpes.
Patas
![As Gigantescas Patas](https://35.196.158.152/wp-content/uploads/2018/09/As-Gigantescas-Patas.jpg)
As patas do animal contam com mecanismos de adaptação ao peso corporal e ao hábito de estrem continuamente de pé. Por baixo dos ossos que compõem a pata há uma camada gelatinosa de tecido, que funciona como amortecedor.
Dentição
A dentição do elefante inclue as presas (dentes incisivos superiores), os dentes de leite que antecedem as presas, os dentes molares (total de 12) e os dentes pré-molares (também em número de 12).
![A Dentição](https://35.196.158.152/wp-content/uploads/2018/09/A-Dentição.jpg)
Depois da queda dos dentes de leite, surgem as presas permanentes. Diferentemente dos demais mamíferos, o restante da dentição do animal (molares e pré-molares) é trocada continuamente; totalizando a média de 6 trocas durante a vida.
Quando não há mais possibilidade de troca, os dentes caem e não são substituídos. Isso ocorre por volta dos 60 anos de idade. Com a dentição incompleta, torna-se cada vez mais difícil aos animais mais velhos a tarefa de moer as folhagens. Os elefantes que habitam as savanas enfrentam esse problema com mais intensidade, visto que os habitantes da floresta conseguem mover-se para regiões mais alagadas, e ingerir folhas úmidas e mais macias.
Com a dentição incompleta, há prejuízo na alimentação, o que resulta na morte destes animais por desnutrição.
O metabolismo dos elefantes é considerado muito satisfatório. Se não fosse pelo problema da dentição, a expectativa de vida, provavelmente, seria prolongada por muitos anos.
Diferenciações Entre os Elefantes Africanos e os Elefantes Asiáticos
Os elefantes africanos são maiores e apresentam as orelhas com um tamanho mais avantajado. Orelhas grandes representam um mecanismo de adaptação natural, uma vez que o excesso de calor é liberado através delas durante a transpiração em altas temperaturas. Esse diferencial é necessário, principalmente, para os elefantes que habitam as savanas.Elefantes africanos também movimentam as orelhas como mecanismo de ventilação natural. Além disso, devido à vascularização do local, o movimento das orelhas também favorece a oxigenação dos vasos sanguíneos de todo o corpo.
Na tromba do elefante africano há duas pequenas proeminências que alguns biólogos dizem assemelhar-se a pequenos dedos. Na tromba do elefante asiático, há apenas uma. Essas proeminências facilitam a tarefa de segurar pequenos objetos.
A pele do elefante-asiático tem uma concentração de pelos superior. Já a pele dos elefantes africanos (principalmente os de savana) tem uma tonalidade vermelho-castanha, provavelmente em virtude da necessidade de banhos de lama frequentes, para proteção contra radiação solar.
Alimentação dos Elefantes de Savana
Todas as espécies de elefantes são herbívoras. A alimentação é baseada em ervas, grama, folhas das árvores e frutos. Devido às dimensões corporais, os elefantes adultos precisam consumir em torno de 70 a 150 Kg de alimento por dia.A alimentação dos elefantes de savana é composta principalmente por gramas de variados tipos, e até mesmo feno.
Por possuírem ombros longos e flexíveis, eles conseguem se abaixar com facilidade para alcançar a vegetação rasteira.
Quando estão em cativeiro, são alimentados com alguns brotos, frutos e ração para herbívoros.
Características das Savanas Africanas
O termo savana refere-se a grandes campos abertos com vegetação gramínea (frequentemente ressecada). Quando há árvores neste local, a distribuição destas é dispersa.
A savana é característica de locais com clima quente. A maior área de savana do mundo está presente nos países da África. Esse bioma também está presente na América do Sul e Austrália.
Aqui no Brasil, temos um tipo de vegetação semelhante, chamada de Cerrado.
As savanas africanas diferenciam-se das demais pelo tipo de solo e presença de longas extensões sem nenhuma vegetação, com exceção das gramíneas.
Nas savanas africanas, a fauna é composta por animais como os elefantes, girafas, antílopes, rinocerontes, zebras, leões, tigres, leopardos e variados tipos de aves.
O grande consumo das gramíneas pelos animais herbívoros não destrói essa vegetação. Visto que, as folhas são consumidas, mas rebrotam a partir das raízes subterrâneas que permanecem intactas.
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REFERÊNCIAS
AQUINO, F. G.; PINTO, J. R. R.; RIBEIRO, J. F. Evolução histórica do conceito de savana e sua relação com o cerrado brasileiro. ComCiência. Campinas-SP, n. 105, 2009;
Elephant information Repository. The trunk. Disponível em: <https://elephant.elehost.com/About_Elephants/Anatomy/The_ Trunk/the_trunk.html>;
ODUM, E. P. Fundamentos de Ecologia. 6ª ed. São Paulo: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004;
UPALI. CH. Elephant encyclopedia. Anatomy of the elephants. Disponível em: < https://en.upali.ch/anatomy-of-the-elephants/>.