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Cobras Litoral Catarinense

As espécies de cobras encontradas no litoral catarinense são, em sua maioria, animais típicos de biomas como a Mata Atlântica. Isso porque essa é uma das vegetações mais características do estado — especialmente em uma faixa que abrange o seu litoral e a divisa com a Argentina.

Esse trecho é caracterizado por uma rica diversidade, muito por conta das variações climáticas e de relevo, que, entre outras coisas, são responsáveis pela existência de uma fauna extremamente exuberante e original.

São trechos imensos de Florestas Pluviais, Vegetação Litorânea, Floresta de Pinhais, Mata Branca; repletos com as mais singulares espécies de Fabaceaes, Pteridophytaes, Cyperaceaes, além de exemplares belíssimos de ipês, jequitibás, salgueiros, amendoeiras, entre várias outras inúmeras variedades devidamente catalogadas como patrimônio do estado.

Tratando especificamente das espécies de cobras existentes no litoral catarinense, o que se sabe é que elas costumam habitar a floresta de ombrófila típica do litoral.

Mas elas também habitam algumas áreas de restinga, margens de lagos e lagoas, os arredores de dunas (fixas ou móveis), vegetações herbáceas (com características de arbustos) e trechos onde predominam as relvas, arbustos, espécies de convolvulaceae, vitaceae, entre várias outras.

Cobra Nadando Em Um Lago Catarinense
Cobra Nadando Em Um Lago Catarinense

Além dessas, os Campos, Florestas Ombrófilas Mistas e Florestas Deciduais costumam acolher vários exemplares das serpentes típicas do bioma característico do estado. Bioma que se estende por boa parte dos mais de 560km² do litoral catarinense — uma exuberância!, que ainda abriga algumas das praias mais famosas do Brasil e do mundo.

E entre as principais espécies de serpentes do litoral catarinense, estão:

1.Mastigodryas B. Bifossatus (Jararaca-do-Banhado)

A jararaca-do-banhado é uma serpente típica do litoral catarinense. Ela é essencialmente terrícola, e bastante afeita a uma convivência próxima ao homem, inclusive beneficiando-se dela, como são os casos dos exemplares que vivem ao redor de pastagens, lavouras, áreas desmatadas, entre outras regiões das áreas baixas do litoral catarinense.

Ela caracteriza-se por ser uma espécie não-venenosa e de porte avantajado (pode atingir até 2m de comprimento), que ocupa vegetações em territórios da América do Sul, como: Colômbia, Peru, Equador, Venezuela, Bolívia, Argentina, além de Rio Grande do Sul e Paraná (no Brasil).

Algumas das suas principais características são: uma boa desenvoltura, tanto na água como em ambiente terrestre; a preferência por rãs, sapos, pequenos lagartos, ovos e filhotes de pássaros como alimentação; além de ser uma espécie ovípara, capaz de pôr entre 10 e 18 ovos em uma única ninhada.

Apesar de não serem venenosas, costumam ser bastante agressivas quando o assunto é defender o seu território. Para isso, uma série de botes agressivos funcionam como o seu cartão de visitas— mas que, no entanto, termina mesmo é em uma fuga resignada, como é comum nas espécies da família colubridae.

2.Micrurus Altirostris (Cobra Coral Uruguaiana )

Outra cobra típica do litoral catarinense é a Micrurus altirostris, ou, como é conhecida em algumas regiões, “Cobra coral uruguaiana “.

No Brasil ela geralmente vivem em espaços abertos, como os do litoral sul de Santa Catarina, especialmente nas regiões de Nova Veneza, Içara, Araranguá, Laguna, Garopaba, praia do Rosa, Passo de Torres, entre outras regiões próximas.

Essa é uma espécie peçonhenta, com a característica de possuir um corpo pouco robusto e atingir no máximo 1,4m de comprimento. O nordeste da Argentina, Paraguai, Uruguai, além dos estados do sul do Brasil, são também locais onde é possível encontrar exemplares dessa espécie.

Seus hábitos são diurnos. É nesse período que elas costumam sair para caçar lagartos, pequenos mamíferos, sapos, roedores e outras cobras — apesar do fato de que, curiosamente, preferem passar boa parte do seu dia embaixo do solo (que elas mesmas cavam).

São espécies ovíparas, costumam pôr entre 2 e 8 ovos a cada ninhada, e, apesar de serem peçonhentas, os acidentes com a coral uruguaiana são raríssimos, pelo simples fato de preferirem a fuga ao embate.

3.Bothrops Pubescens (Jararaca-Pintada)

Essa é outra espécie peçonhenta, muitíssimo comum nos estados do sul do Brasil, entre eles, o litoral de Santa Catarina, especialmente em cidades como Laguna, Passos, Jaguaruna, Nova Veneza, Içara, entre outras regiões de campo aberto.

Elas dificilmente ultrapassam 1 m de comprimento — o mais comum é que não ultrapassem os 80cm.

Sua dieta consiste em animais de pequeno porte, como: rãs, sapos, lagartos, pequenas serpentes, filhotes de aves, ovos, lacraias, entre outros animais de “sangue frio”, que possa encontrar em regiões de campo aberto, restingas, campos, vegetações de dunas, entre outras variedades rasteiras e extensas.

A jararaca-pintada é uma espécie vivípara. Elas se reproduzem por meio da geração de filhotes em seu ventre, e o acasalamento geralmente ocorre entre maio e agosto, para que os filhotes nasçam entre os meses de janeiro e junho.

São cerca de 10 filhotes a cada ninhada, porém há relatos de até 23 filhotes em situações excepcionais.

4.Phalotris Reticulatus

O litoral de Santa Catarina também nos apresenta a originalíssima cobra Phalotris reticulatus. A sua originalidade em muito se deve ao fato de ser encontrada quase que exclusivamente em florestas ombrófilas (típicas do litoral catarinense) e de estepes. São vegetações também bastante comuns na Argentina (município de Corrientes).

São trechos com um clima tipicamente temperado e subtropical, onde reinam, absolutas, as florestas úmidas e de araucárias — o ambiente preferido dessa espécie.

A Phalotris não é peçonhenta e, por isso mesmo, prefere espécies de pequeno porte e que ofereçam pouca resistência, como as rãs, filhotes de aves, ovos, moluscos, entre outras espécies semelhantes.

5.Philodryas Agassizii (Cobras-Verdes)

A Philodryas agassizii é uma cobra típica do litoral catarinense, especificamente de trechos de Floresta de Araucária.

Ela também pode ser encontrada em trechos de campos, cerrados, nos pampas gaúchos, Florestas Ombrófilas, entre outras regiões da Argentina, Uruguai, Paraguai, Equador, Peru, etc.

Elas reproduzem-se de forma ovípara e costumam depositar entre 6 e 8 ovos em tocas e buracos de formigas e outros insetos. Eles geralmente eclodem entre junho e agosto.

É também uma espécie típica da família das colubridae, e, como tal, não são peçonhentas, possuem hábitos diurnos, alimentam-se de pequenos anfíbios, possuem um corpo cilíndrico, dentição opistóglifa (sem presas dianteiras para inoculação de veneno) e podem tornar-se agressivas quando têm o seu habitat invadido.

6.Lygophis Flavifrenatus (Cobra Moída)

Por fim, mais um exemplo típico de uma serpente do litoral de Santa Catarina, especialmente de campos abertos, bosques, vegetações litorâneas, entre outras. Sua originalidade pode ser atribuída ao simples fato de ser quase que exclusiva da região sul do Brasil.

Ela costuma alimentar-se de pequenos anfíbios, lagartos, aves, ovos, moluscos, entre outras espécies encontradas em ambientes terrestres ou mesmo na copa das árvores, onde movimenta-se com igual desenvoltura.

É também outra clássica espécie da imensa família colubridae, e, como tal, não é peçonhenta, possui hábitos diurnos, comprimento mediano e uniforme, além de reproduzir-se de forma ovípara.

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Um comentário

  1. Olá, gostaria de informar que diversas fotos usadas nesse artigo sobre as cobras do litoral catarinense são de espécies de serpentes que não correspondem ao nome que foi colocado.

    Na parte sobre Mastigodryas B. Bifossatus (Jararaca-do-Banhado), nenhuma das fotos correspondem a esta espécie, o mesmo vale para as fotos sob o nome de Philodryas Agassizii (Cobras-Verdes) e Bothrops Pubescens (Jararaca-Pintada), esta ultima apenas uma foto corresponde a B. pubescens. Na parte sobre Micrurus Altirostris (Cobra Coral Uruguaiana) nem todas das fotos são de fato esta espécie. Na Phalotris Reticulatus também parece haver outras espécies nas fotos. Por favor, revisem as fotos. E coloquem o epíteto do nome científico com letras minúsculas.

    Abraços

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