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Borboleta Apolo: Características, Nome Científico e Fotos

Quando falamos em borboletas, o que vem a nossa cabeça são tempos de sol, climas tropicais e muito verde. Pensamos em países como o Brasil, o Peru e demais países da América Latina que são famosos pelo clima tropical. Mas o que muitos não sabem, é que existem espécies destes lindos insetos que se adaptam muito bem ao clima frio e que somente existem no Mundo Velho (continente Europeu e a asiático), como a Borboleta Apolo. No artigo seguinte, você descobrirá um pouco mais sobre esta interessante espécie.

Taxonomia das Borboletas

A Borboleta é o nome informal dado ao grupo animal dos Raphaloceras, que fazem parte do filo dos Artrópodes (Arthropoda), da classe dos Insetos (Insecta) e da ordem Lepidoptera. Estão divididas em duas superfamílias as Hesperioidea (com uma família integrando, a Hesperiidae) e a Papilionoidea (com ao todo seis famílias, incluindo a família Papilionidae que apresenta as maiores espécies de borboletas da Terra).

Família Papilionidae

Ao todo são 3 subfamílias (Baroniinae, Parnassiinae e Papilioninae) em que estão distribuídos 27 gêneros e mais de 500 espécies desta família. Podem ser encontradas em quase todo o mundo, principalmente nas regiões dos trópicos; com exceção dos polos. A Borboleta Apolo faz parte da sub-família Papilioninae e do gênero Parnassius, que detém entre 38 a 50 espécies de borboletas. Entre as espécies mais conhecidas do gênero Parnassius estão:

  • Parnassius mnemosyne
  • Parnassius acco
  • Parnassius eversmanni
  • Parnassius glacialis
  • Parnassius mnemosyne
  • Parnassius smintheus

Características Gerais da Borboleta Apolo

A Borboleta Apolo, conhecida cientificamente como Parnassius apollo, recebeu esse nome em homenagem ao deus grego Apolo, o Deus da luz ou o representante do sol. Em comum com suas parentes, as borboletas Apolo são difíceis de se identificar, sendo necessário que haja a dissecação dos órgãos genitais para a identificação da espécie.

Morfologia

Como toda borboleta, apresenta uma estrutura corporal padrão: corpo formado por cabeça, tórax e abdômen. Na cabeça, há um par de antenas (com uma pequena proeminência no final, remetendo a um taco de golfe), olhos compostos e um aparelho bucal que está adaptado para que haja a sucção do néctar das flores. No decorrer do corpo, dois pares de asas e seis patas.

A Borboleta Apolo, diferente de suas parentes da mesma família, apresenta suas asas sem cauda, característica comum entre os integrantes dos Papilionidae. Por serem insetos de ambientes com baixas temperaturas, tanto corpo quanto asas apresentam pequenos pelos, aparentando uma espécie de “casaco”. 

O corpo tem coloração predominantemente escura para que possam se aquecer com mais agilidade e suas asas possuem coloração branca ou amarelo-claro com manchas pretas e vermelhas. Outro artifício utilizado pela Borboleta Apolo, é o tamanho de suas asas (que podem medir entre 6 a 10 cm de comprimento) garantido maior absorção da luz do sol. 

Habitat e Comportamento da Borboleta Apolo

Borboleta Apolo na Flor
Borboleta Apolo na Flor

Borboletas do gênero Parnassius podem ser encontradas no hemisfério norte e em regiões montanhosas (Europa, Ásia e Penísula Ibérica), em regiões de clima frio e temperado. Devido ao aquecimento global, a população de Borboletas Apolo estão com os dias contados, pois necessitam do clima frio e temperado para sobreviver.

Vivem em áreas abertas, com extensa vegetação herbácea, para que o ciclo de vida perpetue. Também se situam em prados montanhosos, zonas pedregosas onde se situam muitas das espécies vegetativas das quais as lagartas se alimentam.

As Borboletas Apolo costumam manter as asas abertas ao sobrevoar as áreas espaçosas, planando através de correntes de ar que ocorrem nas regiões nortenhas. Além do tamanho avantajado de suas asas, um artifício de proteção dessa espécie é desprender um odor bastante desagradável para possíveis predadores.

Alimentação e Ciclo de Vidada Borboleta Apolo

Como todas as borboletas e mariposas, a Borboleta Apolo tem quatro etapas em seu ciclo de vida:

  • Ovo
  • Lagarta
  • Crisálida
  • Adulto

Em geral, seu o processo de metamorfose é idêntico ao resto das lepidópteras: na fase larval, procuram se alimentar o máximo possível para garantir energia paras os processos seguintes. Na fase de crisálida, procuram um local propício para que comecem a tecer seu casulo. Quando saem do casulo como adultas, sobrevivem da energia armazenada enquanto larvas, se alimentando de néctar e procurando um(a) parceiro(a) para finalizar o ciclo. A fêmea, após a cruza, realiza a postagem dos ovos em locais propícios para a alimentação da futura larva.

Durante o inverno, entre os meses de dezembro a março, costuma de passar como lagarta, porém ainda protegida dentro do ovo, devido às baixas temperaturas. A lagarta da Borboleta apolo tem forma cilíndrica, de coloração negra com pequenas manchas brancas por todo o corpo.

Borboleta Apolo no Mato
Borboleta Apolo no Mato

A fase de crisálida da Borboleta Apolo ocorre entre maio e junho; sua metamorfose é como todas as outras borboletas e dura entre 10 dias a várias semanas. Geralmente, estas borboletas atingem a fase adulta no período – um tanto curto – do crescimento vegetativo das áreas em que habitam, o que geralmente ocorrem entre junho a agosto do hemisfério norte.

Costumam se alimentar de diferentes espécies de flores das ervas Sempervivum, de Sedum e Crassulaceae; vegetais de clima frio e temperado. Suas larvas, por outro lado, se alimentam de suas folhas. Apesar de muitas espécies se tornarem pragas de plantações, a Borboleta Apolo é um agente de polinização muito importante para o habitat em que vive.

Órgãos Reprodutores da Borboleta Apolo

Essa espécie tem uma estratégia de reprodução específica, que se diferencia de outras borboletas: os machos possuem glândulas que produzem uma substância gelatinosas que são depositadas no interior das fêmeas. Essa substância funciona como uma espécie de demarcação que bloqueia o acesso de outros machos que por ventura, queiram cruzar com a mesma fêmea.

Ameaça de Extinção da Borboleta Apolo

Para além do aquecimento global, a população de Borboletas Apolo está atualmente em situação de urgência quanto a extinção da espécie. Os habitats que normalmente frequentam estão cada vez mais sendo dizimados pelo homem ou sendo modificados para uma estrutura ecológica inadequada a sua sobrevivência (vegetações estão cada vez mais densas e fechadas, elevando a temperatura do local). 

Além disso, sua diminuição também é provocada pelo uso excessivo de inseticidas e pela diminuição das plantas que servem de alimento para sua versão larval e adulta.

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