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Besouro Bombardeiro: Características, Nome Cientifico e Fotos

O nome comum besouro bombardeiro dessa espécie tem grande sentido pois é seu sistema defensivo contra predadores que influenciou esse nome. É um besouro que possui uma verdadeira bomba química pronta pra lançar contra ameaças. Mas ele não é uma besouro suicida!

Besouro Bombardeiro: Características, Nome Cientifico E Fotos

O besouro bombardeiro é o nome comum dado a besouros da família dos escaravelhos (carabídeos) possuindo a capacidade de projetar ruidosamente sobre seus predadores um líquido corrosivo de ebulição, uma mistura de duas substâncias (hidroquinona e peróxido de hidrogênio) mantidos juntos em seu abdômen graças à presença de um inibidor químico.

Os besouros chamados bombardeiro medem 25 milímetros em média, e todos são capazes de aumentar o abdômen em até 170°. Os bombardeiros também podem sobreviver em certa medida no sistema digestivo dos sapos que os engoliriam, mesmo depois de passar vários minutos no estômago de seu predador. São os produtos químicos defensivos que eles produzem que forçam os sapos a regurgitá-los.

Existem mais de 500 espécies chamados de besouros bombardeiros, e habitam praticamente em todos os continentes menos na Antártida. Dentre as espécies, os besouros bombardeiros mais conhecidos são: Brachinus crepitans, Brachinus solidipalpis e Stenaptinus insignis.

Brachinus Crepitans

Brachinus crepitans é uma das espécies de besouro bombardeiro comum, encontrada na Europa, na Sibéria e ao redor do Lago Baikal, bem como no norte da África. Este besouro de 7 a 10 milímetros é um pequeno espécime marrom com elytra verde que vive em numerosas colônias sob pedras ou tocos. Ele deve esse nome às táticas que usa para afastar os predadores.

Brachinus Crepitans
Brachinus Crepitans

Graças a duas glândulas, ele secreta um líquido ardente que é armazenado em duas câmaras de comunicação na presença de um inibidor de reação. Este líquido é composto de hidroquinona e peróxido de hidrogênio. O bombardeiro envia esse líquido junto com um catalisador químico contra aquilo que o ameça.

O líquido é violentamente expelido por um “canhão” na parte de trás do corpo, produzindo uma detonação perfeitamente audível. O brachinus crepitans ocorre em charnecas secas (ou às vezes mais úmidas em áreas mais quentes), bem como em solos calcários (por exemplo, vinhedos).

Brachinus Solidipalpis

Brachinus Solidipalpis
Brachinus Solidipalpis

Brachinus solidipalpis é outra espécie de besouros bombardeiros da família de carabidae. Preservada na coleção de besouros do Museu Nacional de História Natural Francesa, a espécie foi preservada desde 1843 e aguardava descrição. Sete espécimes existentes foram coletados em Manila, Filipinas.

Desde então, a espécie não foi encontrada na natureza. Seu nome específico deriva do fato de brachinus solidipalpis ter palpos bucais mais maciços e espessos do que os de outras espécies de brachinus da família.

Stenaptinus Insignis

Stenaptinus Insignis
Stenaptinus Insignis

Este é o besouro bombardeiro africano da família de carabídeos. Este pequeno besouro tem um corpo preto brilhante listrado em amarelo, com elytra de duas cores. Mede entre 10 e 20 mm de comprimento. Ele mora no solo nas regiões tropicais da África.

Esse inseto, semelhante a todos os besouros chamados bombardeiros deve seu nome a uma técnica de caça específica: projeta sobre o agressor, com a precisão de um aerossol, uma mistura de substâncias corrosivas e necróticas, que ele secreta com o auxílio de uma glândula especializada localizada no extremidade do abdômen.

O jato pode ser orientado em todas as direções e até passar entre as pernas do animal. A mistura tóxica passa por uma “câmara de explosão”, onde é ativada por enzimas e levada a uma temperatura de 100°C.

São Besouros Suicidas? Podem Explodir?

Os besouros bombardeiros são assim chamados por conta de seu sistema defensivo contra predadores, como já dissemos. Para repeli-los, esses besouros tem uma reserva de duas substâncias químicas, separadas em duas glândulas, em seu estômago. As duas substâncias, peróxido de hidrogênio e hidroquinona, podem explodir ao se misturarem.

Como então esses besouros não se auto explodem com essas substâncias juntas no estômago? É necessário uma espécie de catalisador para provocar a explosão. acima de tudo. Note que as substâncias ficam separadas no estômago do besouro e só se misturarão no momento que ele se preparar para expeli-las. Quando for o momento, elas se misturarão para o jato.

O besouro bombardeiro tem um revestimento de amianto em seu organismo onde essas substâncias se misturarão para o jato. Esse revestimento é uma proteção que protege o besouro de se auto destruir com essa mistura que logo produzirá um reação química explosiva.

E, por fim, a metodologia de expelir essas substância de seu organismo é outro processo que impede a explosão do próprio besouro a lançar a bomba sobre seus oponentes. Isso porque o besouro faz um lançamento alternado e não contínuo do jato, ajustado de tal modo que só completa sua reação química quando já fora do corpo do besouro, muitas das vezes atingindo sua ameaça com precisão.

À medida que o besouro lança pequenas e alternadas pulsações gotejantes contra seus predadores, ele é protegido contra sua própria arma enquanto ela é expelida em correntes de material explosivo; e só quando lançada sobre o inimigo ela é pulverizada em jatos com temperaturas de até 100ºC ou mais.

Evolução Do Mecanismo De Defesa

Besouro Bombardeiro Atirando Bomba de Ácido
Besouro Bombardeiro Atirando Bomba de Ácido

A história evolutiva completa do mecanismo de defesa exclusivo do besouro bombardeiro é desconhecida, mas os biólogos mostraram que o sistema poderia ter evoluído das defesas encontradas em outros besouros em etapas incrementais pela seleção natural. Especificamente, os produtos químicos quinona são um precursor da esclerotina, uma substância acastanhada produzida por besouros e outros insetos para endurecer seu exoesqueleto.

Alguns besouros também armazenam excesso de quinonas fedorentas, incluindo hidroquinona, em pequenos sacos abaixo da pele como um impedimento natural contra predadores (todos os besouros carabídeos tem esse tipo de arranjo). Além disso, alguns besouros misturam peróxido de hidrogênio, um subproduto comum do metabolismo das células, com a hidroquinona; algumas das catalases existentes na maioria das células tornam o processo mais eficiente.

A reação química produz calor e pressão, e alguns besouros exploram o último para empurrar os produtos químicos para a pele; é o caso do besouro metrius contractus, que produz uma descarga espumosa quando atacado. No besouro bombardeiro, os músculos que impedem o vazamento do reservatório desenvolveram adicionalmente uma válvula que permitia uma descarga mais controlada do veneno e um abdômen alongado para permitir um melhor controle sobre a direção da descarga.

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