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Animais Que Vivem no Calor

A natureza é realmente fascinante. Tanto é que muitos seres são perfeitamente adaptados para viverem em condições extremas, seja no frio, seja no calor.

Hoje, vamos falar um pouco a respeito dos animais que conseguem viver em ambientes de temperatura muito elevadas.

Adaptações Necessárias Para Animais que Vivem no Calor

Para sobreviverem em ambientes hostis, muitos animais precisaram se adaptar, através de anos e anos de uma evolução contínua, a fim de conseguirem suportar certos habitats. É o que aconteceu, por exemplo, com os seres que vivem nos desertos, em temperaturas onde os 50°C é o normal do lugar. De características físicas a hábitos em geral, muitas foram as modificações pelas quais esses animais passaram.

Nesse aspecto, acabaram se desenvolvendo dois tipos de animais em se tratando de temperatura corporal: os poiquilotérmicos (que possuem temperaturas variáveis) e os homeotérmicos (que mantém temperaturas sempre constantes). Ainda em termos físicos, podemos citar aqueles que possuem extremidades corporais de grandes dimensões, cujo intuito é perder o calor dos seus corpos que fica em excesso, e os revertidos com escamas, cuja proteção serve contra o calor do ambiente.

Em se tratando de questões comportamentais, alguns animais não se mantêm ativos durante as horas do dia com maiores temperaturas (o que faz com que entrem numa espécie de estado de dormência). Outras adaptações necessárias foram conseguir diminuir a produção de urina, evitando perder grandes quantidades de água do organismo, além de uma espécie de impermeabilização do corpo, fazendo com que o calor não fique tão retido.

Animais Adaptados ao Calor

A seguir, vamos enumerar alguns seres que conseguiram evoluir a ponto de viverem bem em ambientes muito quentes.

  • Dromedários

Estes aqui são parentes próximos dos camelos, com a diferença de que possuem uma corcova apenas. Inclusive, muitos pensam que as corcovas dos dromedários e dos camelos armazenam água, mas não é verdade. Essas partes do corpo são, isso sim, grandes depósitos de gordura, em especial, para as épocas de maior escassez de alimentos.

Tudo bem que os dromedários não possuem um reservatório específico de água, mas, mesmo assim, conseguem ingerir em torno de 10 litros desse líquido de uma única vez, assimilando a água em sua corrente sanguínea com uma velocidade incrível. Isso faz com que fiquem até três semanas sem tomar uma gota sequer desse líquido.

E, isso sem contar outras características bem peculiares desse animal, como o fato dos dromedários possuírem uma fileira de cílios extras para proteger os seus olhos, e uma musculatura reforçada em suas narinas, o que auxilia na hora de barrar a entrada de areia (algo que não falta em um deserto, o habitat natural desses animais).

  • Adax

Parente bem próximo dos nossos conhecidos bois, o adax passou por diversas adaptações para poder ter o deserto como o seu habitat natural. Uma dessas adaptações é o fato das suas patas terem ficado grandes e largas, permitindo com que esse animal possa caminhar com mais facilidade na areia. No entanto, essa adaptação tem um “porém”: faz com que o adax se locomova bem mais devagar do que o normal, tornando-o um alvo fácil para predadores, o que fez com que quase fosse ameaçado de extinção.

Herbívoro, esse antílope come, essencialmente, gramíneas, que é de onde retira a água para a sua subsistência. Além disso, vive em bandos que vão de 5 a 20 indivíduos, e cujos hábitos tanto podem ser noturnos, quanto crepusculares. Já, de dia, protegem-se do sol em locais cavados na própria areia.

  • Escaravelhos

Este aqui é um dos insetos mais fascinantes que existe, e envolto em muitos mitos e lendas. Eles também são relacionados a excrementos, já que frequentemente fazem pequenas bolinhas de fezes (ou outras substâncias excretadas por outros animais), e saem rolando na areia com elas. Tanto podem viver no meio dos excrementos, quanto cavar buracos para eles. É uma relação tão intrínseca, que os escaravelhos chegam a colocar seus ovos nessas bolinhas formadas por fezes.

Sim, isso pode parecer nojento, mas acaba sendo um método bem eficaz, fazendo com que esse inseto possa sobreviver, sem problemas, em locais de altas temperaturas.

  • Víbora Chifruda

As cobras, por si, já são seres bastante resistentes, mas, a víbora chifruda (de nome científico Cerastes cerastes) consegue ir além, vivendo em desertos extremamente escaldantes. Com pouco mais de 50 cm de comprimento, este réptil tem como hábito se enterrar na areia, deixando os seus “chifres” de fora. Quando não está se protegendo do sol com esse método, a sua locomoção na areia é bem peculiar, com ela “andando de lado”, e evitando que o corpo toque inteiramente no chão.

Animal de hábitos noturnos, a víbora chifruda caça à noite, e o seu veneno é bem potente. O local da mordida causa a necrose e a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue da vítima.

  • Fenecos

Estas são pequenas raposas, que, de tão diminutas, são consideradas os menores canídeos do mundo, medindo cerca de 20 cm de comprimento, e pesando aproximadamente 1 kg. Em termos de adaptação corporal para lugares quentes, os seus rins são bastante desenvolvidos à vida no deserto, minimizando a quantidade de água que esse animal necessita para sobreviver.

Olfato e audição são muito bem desenvolvidos, o que auxilia detectar animais debaixo da areia apenas através do som. Também sobem em árvores para caçar pequenos pássaros.

  • Lagartos-Monitores

Sabem os famosos dragões-de-komodo? Pois bem, os lagartos monitores são parentes bem próximos deles, e por possuírem sangue frio, dependem diretamente do ambiente para conseguirem calor (condições ideais para se viver no deserto). Isso faz com que, durante o dia, sejam extremamente ativos, e, à noite, fiquem mais quietos, e mais agressivos (já que não conseguem se defender por muito tempo).

Alimentam-se de ratos e pequenos mamíferos, matando suas presas com o seu poderoso veneno.

  • Tardígrados

Agora, vamos apelar! Eis um dos animais mais estranhos, fascinantes e resistentes do mundo. Esses animais microscópicos podem resistir a variações de temperatura que vão de – 273°C até 150°C! Ou seja, viver no calor para esse animal é fácil, fácil. O segredo de tamanha resistência, os cientistas já descobriram: trata-se de uma proteína que protege o DNA desses bichos, que o envolve como uma espécie de cobertor, o que acaba protegendo esse animal de condições de ebulição, congelamento e radiação.

Incrível, não?

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