Como vivem os axolotes, os anfíbios que nunca crescem?

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Os axolotes são criaturas curiosas que desafiam o ciclo de vida comum entre os anfíbios. Enquanto sapos e salamandras passam por uma transformação completa, os axolotes permanecem em sua forma juvenil por toda a vida. Mas por que isso acontece? Como é a vida desses animais tão peculiares?

O que é um axolote?
O axolote (Ambystoma mexicanum) é uma espécie de salamandra originária dos lagos próximos à Cidade do México. O que torna esse animal tão especial é a sua capacidade de manter características larvais mesmo na fase adulta, fenômeno conhecido como neotenia.

Eles mantêm suas brânquias externas, nadam como girinos e não desenvolvem pulmões completamente formados como outras salamandras.

Por que os axolotes nunca passam pela metamorfose?
A principal razão é genética. O axolote tem uma configuração hormonal que impede a produção de certos hormônios responsáveis pela metamorfose completa. Isso significa que ele permanece aquático e com aparência juvenil durante toda a vida.

Curiosamente, em laboratório, os cientistas conseguem induzir artificialmente a metamorfose com a aplicação de hormônios, mas isso não acontece na natureza.

Como é o habitat natural dos axolotes?
Originalmente, os axolotes habitavam os lagos Xochimilco e Chalco, no México. Esses lagos de água doce ofereciam condições ideais: águas calmas, vegetação aquática e uma boa oferta de alimentos.

Infelizmente, a urbanização, a poluição e a introdução de espécies invasoras reduziram drasticamente o número de axolotes na natureza. Hoje, eles estão criticamente ameaçados de extinção.

Do que os axolotes se alimentam?
Os axolotes são carnívoros e se alimentam de pequenos invertebrados aquáticos, como vermes, insetos e pequenos peixes. Na natureza, eles caçam de forma oportunista, usando a boca larga para sugar a presa junto com a água.

Essa dieta rica em proteína é essencial para o desenvolvimento e manutenção de sua saúde.

Por que os axolotes são tão importantes para a ciência?
Além de sua aparência exótica, os axolotes têm uma incrível capacidade de regeneração. Eles conseguem reconstruir partes inteiras do corpo, como membros, coração e até partes do cérebro.

Por isso, são objeto de estudo em pesquisas médicas que buscam entender como a regeneração celular funciona e como isso pode ser aplicado na medicina humana.

Conclusão
Os axolotes são verdadeiros fenômenos da natureza, com características que encantam cientistas e amantes da vida selvagem. Proteger esse animal é também preservar um dos maiores mistérios da biologia. Continue acompanhando o Mundo Ecologia, compartilhe nossos textos e ajude a espalhar conhecimento sobre as maravilhas do mundo natural!