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Alface Crocantela

Por ser um produto de grande consumo e ocupar uma posição importante no mercado econômico do país, a alface tem sido item de pesquisa e experimentos, com o objetivo de aumentar sua resistência sem tirar seu sabor ou valor nutritivo. Pioneiro nesses estudos e desenvolvimento, a Universidade Federal de São Carlos vem desde 2013 apresentando resultados interessantes.

Conhecendo a Experiência Universitária

Existe uma demanda crescente e um mercado promissor para novas variedades de alface no Brasil. A alface brunela, por exemplo, é uma variedade inovadora de alface que mistura alface crocante e características de alface de cabeça, além de estar adaptada às condições brasileiras de cultivo. A qualidade físico, química e sensorial desta alface, cultivada sob diferentes sistemas de cultivo, foi avaliada.

O plantio convencional e o sistema hidropônico foram realizados na área experimental da Universidade Federal de São Carlos, no Estado de São Paulo, e o sistema orgânico foi realizado por produtores orgânicos certificados no município de Cordeirópolis. Após a colheita, área foliar, tamanho da folha, área foliar unitária, massa fresca, perda de massa, pressão de turgescência, cor instrumental, pH, acidez titulável total, sólidos solúveis totais, compostos fenólicos totais, e caracterização sensorial foram avaliados. Verificou-se que o sistema de cultivo influenciou nas características físico e químicas, produzindo alfaces de diferentes tamanhos, pesos e estabilidade. Para pH, TSS e TPC, a diferença entre os três sistemas de crescimento não foi observada.

Alface Geneticamente Modificado
Alface Geneticamente Modificado

Para a ATT, a amostra hidropônica apresentou maior acidez. Sobre a avaliação sensorial, os testadores notaram diferença para cor verde, espessura, tamanho e crocância das folhas, aroma de grama e sabor amargo. As amostras cultivadas em sistemas convencional e hidropônico mostraram maior preferência e intenção de compra de compra.

A Alface Crocantela e o Mercado Brasileiro

A culinária no Brasil tem aderido e abraçado esse mercado de variações da alface com entusiasmo. Romanela, brunela, rubinela e crocantela são as principais movimentando o mercado local por serem todas elas resultado também local de experimentos genéticos pela Universidade Federal de São Carlos.

O processo com as quatro variedades repetiu os mesmos procedimentos de desenvolvimento nos últimos cinco anos de projeto. As sementes, resultados genéticos obtidos de gêneros diferentes do alface original, eram primeiro tratados em vasos ou xaxins de fibra de côco por cerca de um mês e depois suas plântulas eram transplantadas em três sistemas diferentes de cultivo: o natural convencional em parceria com agricultores regionais, pelo método hidropônico e através do cultivo orgânico. A colheita se dava cerca de um mês após as plantas transplantadas e daí eram levadas amostras dos três sistemas de cultivo para análises. Foram analisadas características técnicas das alfaces consistindo área foliar, perda de massa, acidez total titulável, massa fresca, área foliar unitária, cor instrumental, caracterização sensorial, tamanho da folha, sólidos solúveis totais, pressão de turgescência, compostos fenólicos totais e pH. Com todos os dados estatísticos definidos e aprovados, amostras foram então encaminhadas para testes de consumo e, logo depois, para o mercado final.

Até então, o mercado nacional era dominado pela alface crespa, produto que era preferível do agricultor pela flexibilidade de seu aspecto diante das chuvas tropicais que nesse cultivo escoava facilmente sem acumular nessa hortaliça folhosa, sem risco de apodrecer ou quebrar as folhas da verdura. Para o consumidor, porém, a crespa tinha a desvantagem de sua textura pouco crocante, característica desejável no consumo nacional.

E foi exatamente para atender essas necessidades, a do agricultor e a do consumidor, que a Universidade tem se empenhado desde 2010 em experiências através da mistura entre a alface crespa e a alface americana além de outros gêneros para produzir folhas resistentes e mais grossas. Durante esse período, surgiram as variedades já citadas que vem conquistando espaço e garantindo a aceitação tanto de quem planta quanto de quem consome as alfaces.

O Alface Geneticamente Modificado

O que tem sido feito com o alface na verdade tem sido feito com diversos outros itens alimentícios, e até mesmo com animais produtores de alimentos (como a galinha e seus ovos, por exemplo). Estamos falando aqui de organismos geneticamente modificados, ou seja, algo que foi modificado em laboratório por humanos.

Uma das razões pelas quais as plantas estão sendo modificadas é permitir que os agricultores pulverizem menos pesticidas, aumentem a tolerância à seca das plantas, especialmente agora que o clima mundial está mudando, bem como um desenvolvimento produtivo mais rentável e rápido. Isso quer dizer que as plantas vão crescer mais por acre, vão produzir mais plantas. A alegação é que, com o aumento da população mundial, precisa-se pensar em soluções assim para nos capacitar a alimentar os 9 bilhões de pessoas que deverão estar em nosso planeta em 2050.

Normalmente, esses alimentos são processados ​​porque são produtos que são usados com alta demanda. No que diz respeito à pesquisa por trás das consequências para a saúde ou para a saúde dos organismos geneticamente modificados, uma esmagadora maioria das evidências e pesquisas científicas mostra que os transgênicos não têm efeitos adversos sobre a saúde​​.

A Escolha do Consumo Ainda é Nossa

A maioria dos produtos que consumimos ainda não é um transgênico. Ainda é comum encontrarmos alfaces frescos, provenientes de um cultivo natural nas prateleiras de nossos mercados ou feiras. Alimentos transgênicos tem uma determinação de serem identificados em suas embalagens por um triângulo amarelo com a letra T, mas sabemos como a prática funciona muito aquém da teoria em nosso país. E o tema envolvendo a manutenção ou a retirada desses selos de identificação ainda é amplamente discutido na política.

Se você como consumidor tem suas próprias conclusões e está decidido a não usar produtos geneticamente modificados na dieta alimentar sua e de sua família, procure conhecer bem os fornecedores locais de seus produtos (quem é o produtor, de onde ele compra as sementes ou as práticas de cultivo que usa). Se essa informação for muito vaga ou desconhecida e você ainda prefere manter sua opinião contrária aos OGMs, então é melhor que você mesmo inicie sua cultura natural de cultivo. Encontrará aqui em nossas páginas muitas sugestões de como cultivar sua horta pessoal no quintal ou dentro de casa.

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