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Ecologia Espécie

Ecologia é a área da biologia que estuda a correlação dos seres vivos com o meio no qual estão inseridos. Os seres vivos, de diversos reinos, nunca estão isolados, ao contrário, estão sempre coexistindo mesmo a nível microscópico.

Existem infinidades de formas de vida no nosso planeta, algumas ainda desconhecidas. As formas de vida podem estar presentes na forma de animais, bolor fúngico, algas, pólen, entre outras manifestações.

Aproximadamente até meados do século XVIII, os cientistas costumavam agrupar os seres vivos em três classificações, as quais eram a classificação animal, vegetal e mineral. No entanto, com o passar do tempo, descobriu-se que as formas animais e vegetais possuíam características que as distinguiam consideravelmente das chamadas formas minerais. Logo, com essa observação, um novo grupamento foi feito, desta vez categorizando os componentes da natureza em seres vivos ou matéria bruta.

Os seres vivos, por sua vez, são categorizados dentro de unidades taxonômicas denominadas espécies e compõem o sistema ecológico do nosso planeta.

Neste artigo, você conhecerá os principais conceitos referentes ao universo da ecologia, com atenção especial para o conceito de espécie.

Então venha conosco e boa leitura.

Ecologia: Etimologia da Palavra

A palavra “ecologia” deriva do grego e agrupa em si um binômio. Oikós significa casa, ao passo que logos significa hábitat. Em tradução livre, ecologia significa a ciência do hábitat.

O que Define um Ser Vivo?

Critérios generalistas de diferenciação entre um ser vivo e um elemento de matéria bruta apresentam que um ser vivo é formado por células e material genético (DNA ou RNA), nasce, se reproduz, reage mais diretamente a estímulos, se alimenta e morre.  No entanto, os conceitos de morte e reprodução aplicáveis aos seres humanos não são aplicáveis em igual dimensão e significado para outros seres vivos inferiores, como as bactérias, por exemplo.

Outro conceito que é empregado de forma diferenciada para cada classe de ser vivo refere-se á alimentação. Os animais são seres heterotróficos, ou seja, que não produzem o próprio alimento, logo se alimentam de outros seres vivos; as plantas, por sua vez, são capazes de produzir o próprio alimento, através da fotossíntese; os fungos (a exemplo dos cogumelos e bolores) se alimentam através da absorção de matéria orgânica em decomposição.

Entre os seres vivos existentes, o único que não cumpre com todos os critérios para classificação é o vírus.

O vírus é um organismo que, embora possua material genético, não apresenta células, logo, nesse critério, ele não poderia ser considerado oficialmente como um ser vivo. Apesar desse desfalque, a capacidade reprodutiva viral permite que ele seja uma exceção à regra. Existem alguns cientistas que agrupam o vírus em uma região de fronteira entre a matéria bruta e os seres vivos.

Classificação Taxonômica Segundo Lineu

A primeira tentativa de classificação dos seres vivos ocorreu através de Aristóteles, na qual o grupamento diferencial entre animais e vegetais foi empregado. No entanto, com a morte de Aristóteles, esses estudos ficaram por um tempo em repouso, sendo retomados apenas no século 14, mais precisamente durante o movimento renascentista.

No Renascimento, o grande foco se concentrou em torno da anatomia do homem e dos demais animais. Os critérios de classificação se baseavam na forma, método que gerou grande confusão e pouca assertividade, uma vez que há espécies que são morfologicamente diferentes dependendo do estágio de vida, a exemplo da lagarta e da borboleta.

O modelo de classificação arcaica adotada no Renascimento foi alterada no século XVIII graças ao botânico, médico sueco e naturalista Carolus Linnaeus (1707- 1778).

Carolus Linnaeus
Carolus Linnaeus

Linnaeus simplesmente criou o sistema taxonômico utilizado atualmente para nomear as espécies e seus grupamentos.  O critério adotado para agrupar espécies foi as relações evolutivas entre elas, obtidas por meio de análise anatômica, comportamento e composição química, ou seja, material genético.

Segundo a classificação taxonômica utilizada na atualidade, os seres vivos podem ser agrupados em 5 grandes reinos, são eles: Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae.

Para o Reino Animalia, existe a subdivisão em filos, os quais continuam se subdivindo em Classe, Ordem, Família, Gênero e, finalmente, em Espécie.

Definindo o Conceito de Espécie

A espécie é a unidade básica do sistema taxonômico de Linnaeus. A etimologia da palavra deriva do latim e designa “tipo” ou “aparência”. Para que dois indivíduos, estruturalmente e funcionalmente semelhantes, sejam considerados da mesma espécie, o critério adotado é que, ao acasalarem, consigam gerar descendentes férteis.

Conhecendo Outros Conceitos em Ecologia

Conceitos como biótipo, população, biocenose, comunidade clímax, biomassa, biosfera, hábitat, nicho ecológico, cadeia alimentar, dentre outros.

O conceito de população designa um grupo de indivíduos da mesma espécie que habitam uma mesma região geográfica. Por sua vez o termo biótipo está intrinsicamente relacionado ao meio no qual esses indivíduos estão inseridos, e designa as características físicas e químicas do local.

Biocenose, também chamada de comunidade biológica, são conjuntos de indivíduos de espécies diferentes que habitam uma mesma região. Quando uma comunidade estabiliza o seu desenvolvimento atingindo o máximo grau possível, atribui-se o termo comunidade climáx.

A matéria orgânica presente em um ser vivo, ou em um conjunto de seres vivos, é chamada de biomassa. O agrupamento dos locais do planeta capazes de abrigar vida recebe o nome de Biosfera, a qual possui os gazes oxigênio e nitrogênio, essenciais para a sobrevivência de espécies aquáticas e terrestres. Contudo, quando estamos falando do local no qual vive determinada espécie, o termo aplicável é hábitat.

As atividades que uma espécie desempenha no seu hábitat (tais como alimentação e reprodução), em conjunto, recebem o nome de nicho ecológico.

O ecossistema é o conjunto entre o meio ambiente e os seres vivos nele inseridos. Quando há uma área de transição entre duas comunidades ou dois ecossistemas o termo correto a ser empregado é Ecótono.

Dentro de um ecossistema, os componentes podem ser abióticos, expressos em aspectos físicos, químicos ou fsíco-quimicos, a exemplo da luz, radiação solar, temperatura , vento e pressão; ou biótipos, quando se referem diretamente aos seres vivos.

Entre os seres vivos, há um conceito amplamente utilizado relacionado ás atividades predatórias. O termo cadeia alimentar é utilizada para designar a sequência linear de alimentação, na qual os produtos servem de alimento aos consumidores primários, os quais são fonte alimentar para os secundários, e assim sucessivamente. O último estágio da cadeia alimentar é exercido pelos decompositores.

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Anotado e compreendido esses conceitos fundamentais, fique à vontade para conhecer outros artigos do site.

Até as próximas leituras.

REFERÊNCIAS

ABRÃO, M. S. Educação Uol. Classificação dos seres vivos: Como e por que classifica-los? Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/classificacao-dos-seres-vivos-como-e-por-que-classifica-los.htm>;

FONSECA, K. Brasil Escola. Conceitos a respeito de Ecologia. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/conceitos-respeito-ecologia.htm>;

Só Biologia. Ecologia. Disponível em: <https://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia.php>.

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