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As Principais Características do Fluxo de Energia

Você já se perguntou como cada coisa no seu corpo realmente funciona? Todo o alimento que você ingere para onde cada partezinha vai e como cada coisa realmente se distribui para deixar seu corpo funcionando perfeitamente?

Esse processo é extremamente importante para entendermos como o ser humano realmente funciona. Uma palavra que utilizamos muito é “energia”. Ela é utilizada para falar da energia elétrica e para como aguentamos fazer tudo que fazemos no dia a dia.

Existe um processo chamado fluxo de energia que é de infinita importância para o funcionamento de qualquer ecossistema. E a mais famosa e principal é o sol. Isso mesmo, além de deixar a gente bem quentinho no planeta, ele ainda faz outros papéis fundamentais para a vida dos seres vivos. Vamos entender um pouco melhor todo esse processo de energia.

O Que é Energia?

Acho que é válido começarmos a explicar o fluxo de energia, falando
o que realmente é a energia. Não há exatamente um conceito perfeito para
descrever o que é a energia, por isso que causa confusão em muitas pessoas.

Na física, energia se caracteriza como a capacidade de um
corpo de realizar uma ação e/ou movimento. Fica meio em aberto, né? Bem, para o químico Antoine Lavoisier, a energia não surge do nada e também não pode ser destruída. Logo, ela só pode ser transformada.

Na biologia, tratamos o conceito energia biológica, que é
basicamente uma energia natural, proveniente de animais e ou matéria vegetal. Essa energia é passada de animal para animal, ou de planta para animal. Esse processo de transmissão é chamado de fluxo de energia.

Como Funciona o Fluxo de Energia?

Esse é um dos conceitos mais utilizados ao estudar ecologia.
Como primeira e principal fonte de energia, está o sol. É de lá que plantas e
algas conseguem fazer a transformação da energia solar em química através do processo de fotossíntese. Também existe algumas bactérias que conseguem fazer o processo de quimiossíntese.

É a partir dai que a mágica acontece. Nas plantas e algas, uma
parte da energia fica acumulada, aumentando sua biomassa. Já a outra parte é liberada pela respiração celular, a energia sai na forma de calor nesse caso. Deu para notar como a energia está tão presente na nossa vida, certo?

Esse acúmulo de energia nas plantas vai ter outro propósito.
Quando animais heterotróficos, ou seja, que não conseguem produzir seu próprio alimento, comem essas plantas, eles absorvem com ela sua energia. Depois outro animal vai lá e come esse animal que se alimentou da planta, e assim por diante.

Então temos enfim uma cadeia alimentar. No qual a planta/alga é o produtor, o animal que come a planta é um consumidor primário, o próximo animal um consumidor secundário e seguindo por aí.

Porém, existe um outro fator importante nessa cadeia. Os que ficam sempre no final de cada uma. São os decompositores, normalmente bactérias ou fungos que se alimentam dos restos de animais e plantas. São muito importantes para a nossa vida, já imaginou a matéria orgânica ficando acumulada no planeta?

De forma geral, um exemplo que deixa mais visível a explicação seria: uma planta (produtor), é comida por um grilo (consumidor primário), que serve de alimento para um sapo (consumidor secundário) que é comido pela cobra (consumidor terciário), ao morrer é decomposto pelos decompositores.

As Principais Características do Fluxo de Energia

Agora que já entendemos o funcionamento de forma geral do
fluxo de energia, podemos nos aprofundar um pouco mais e entender suas
principais características.

De primeira você deve estar se perguntando: afinal, o último
animal da cadeia alimentar vai ter uma quantidade gigantesca de energia armazenada? A resposta é não.

Existe uma coisa chamada “pirâmide de energia”. Ela é sempre
do mesmo formato, pois o fluxo de energia é unidirecional, sendo então impossível se tornar uma pirâmide invertida. A cada nível trófico, está a quantidade de energia que foi acumulada. Normalmente esse valor é representado por kcal (quilocaloria) por metro quadrado, por ano (kcal/m²/ano).

Na base estão os produtores, e a cada consumidor o nível de
energia diminui. O motivo disso é que apenas 10% da energia acumulada naquele nível trófico é passada para o próximo, ou seja, uma quantidade bem menor.

A cada nível, os seres vivos utilizam da maior parte da
energia para realizar atividades metabólicas, assim, eles acabam liberando
energia na forma de calor. Por isso ocorre essa diminuição a cada nível trófico de energia sendo repassada.

Podemos ver como a quantidade é bem ligada a essa pirâmide. A quantidade de plantas deve ser (no ideal) sempre maior que a do consumidor primário, e esse primário ter mais do que o secundário e assim por diante. Pode acontecer de uma pirâmide não seguir essa linha, mas ela tende a se balancear em algum ponto.

Quanto aos organismos decompositores, eles não costumam
aparecer na cadeia alimentar de forma visível, mas é importante lembrarmos que eles estão lá. Após decomporem a matéria orgânica de tanto os produtores quanto os consumidores, eles liberam sais minerais e alguns outros importantes elementos para o meio ambiente. Tudo sempre sendo reaproveitado pela natureza.

A forma de armazenar a energia pode ser diferente em cada animal
ou planta, na maioria das vezes é em forma de amido, gordura e proteína.

Esperamos que esse post tenha tirado suas dúvidas sobre um
processo que está presente diariamente nas nossas vidas, que vai muito além de somente a alimentação e absorção de alguns nutrientes. Não esqueça de deixar seu comentário nos contando o que achou, ou alguma dúvida que tenha ficado.

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